Construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, o Pavilhão Japonês foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.
Desde 1955, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social tem sido responsável pela administração, manutenção e promoção de eventos no local e, para preservar suas características, as restaurações no Pavilhão têm sido cuidadosamente executadas.
As restaurações
Proprietário da empresa Nakashima Komuten, fundada pela família no Japão, com longa tradição na construção e restauração de madeira (casas, pontes, palcos, templos, entre outros); o empresário doou os materiais necessários e fez os trabalhos voluntariamente.
Dez anos depois, em 1998, o Pavilhão necessitava, 44 anos após sua construção, de substituir todo o telhado, que já apresentava uma série de problemas. Novamente, Nakashima executou os serviços voluntariamente.
Passados 15 anos, em 2013, atendeu a um novo chamado para cuidar do desgaste de alguns pilares e do ataque de cupins no Pavilhão. O trabalho de descupinização foi feito e algumas peças de madeira foram substituídas.
Agora, Nakashima, carinhosamente considerado o Guardião do Pavilhão Japonês, vai atuar em uma nova etapa da restauração do local e já encaminhou ao Brasil mais de 5 toneladas de madeira hinoki e sugi, que foram entregues no Parque Ibirapuera, no dia 17 de junho, para a restauração estrutural do Pavilhão Japonês.
Sugi e hinoki – as madeiras do Pavilhão Japonês
Armazenadas no próprio Pavilhão, as madeiras são de duas espécies de ciprestes nativos do Japão – especiais para cada local onde será necessário fazer intervenções: o sugi será utilizado para a restauração do telhado afetado pela ação de cupins; já o hinoki servirá para as estruturas das bases dos pilares que estão desgastadas pelo clima brasileiro e pelo tempo.
Novamente, a Nakashima Komuten do Japão, está doando os materiais e fornecerá a mão de obra especializada para o restauro.