Donos do próprio destino em uma nova terra. Certamente esta frase poderá resumir os destaques desta segunda live sobre a série “30 Anos da Comunidade Brasileira no Japão”, realizada na manhã do dia 7 de novembro, a partir das 9h.
Esta transmissão online, com a tradução simultânea (português/japonês), foi uma versão anual resumida do Simpósio Internacional realizada pelo CIATE – Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador no Exterior, reunindo participantes do Japão e do Brasil destinada a atualizar informações sobre a situação dos brasileiros no Japão.
Após a abertura do presidente do CIATE, Masato Ninomiya, teve início a parte das saudações com Katsumi Ishizu, diretor da Divisão de Política de Emprego de Estrangeiros do Departamento de Estabilização de Empregos do Ministério da Saúde, do Trabalho e Bem-Estar Social, embaixadora Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva, Diretora do Departamento Consular do Ministério das Relações Exteriores; embaixadora Irene Vida Gala, representante do Eresp – Escritório de Representação em São Paulo do Ministério das Relações Exteriores.
Na sequência, dois palestrantes se encarregaram de atualizar os dados relacionados à presença dos decasséguis no Japão, bem como as providências adotadas pelo governo local para amenizar a crise. Ambos garantem que o governo continuará dando apoio aos trabalhadores nikkeis e seus familiares.
Primeiramente falou o ex-embaixador Katsuyuki Tanaka, presidente da Associação Kaigai Nikkeijin Kyokai. Em seguida, o diretor Katsumi Ishizu, da Divisão de Política de Emprego de Estrangeiros do Departamento de Estabilização de Empregos do Ministério da Saúde, do Trabalho e Bem-Estar Social.
Na sequência, dois relatos de experiências de jovens profissionais, filhos de decasséguis, residentes no Japão e recém-formados em universidades japonesas. Detalhe – ambos falaram em japonês.
Renan Eiji Teruya, sansei, é advogado, com registro na OAB japonesa, mora no Japão há 20 anos. Dedica-se a atender os clientes decasséguis. O outro é médico, Yuji Shimada, natural de Cuiabá (MT), chegou ao Japão com um ano e meio de idade, formado na Universidade de Shiga, atualmente é médico residente num hospital em Tóquio.
Outro depoimento foi de Arthur Muranaga, presidente do Conselho de Cidadãos de Tóquio do Consulado-Geral do Japão em Tóquio. De acordo com ele, a trajetória da comunidade brasileira no Japão pode ser dividida em três fases: a fase decasségui (juntar recursos e retornar), depois a de estabilidade no Japão e atualmente, a integração à sociedade japonesa.
Na sequência, a apresentação de Rogério Shimura, padeiro de longa tradição familiar (iniciada em 1946, com o tio-avô que fazia pão em casa e vendia de porta-em-porta na cidade de Mairiporã). Em 2018 esteve no Japão, convidado para ministrar aulas de panificação aos decasséguis.
Falou em seguida o empresário da área de construção civil, Norberto Shinji Mogi, residente há 27 anos no Japão, atual presidente da ong Sabja – Serviço de Assistência aos Brasileiros no Japão. Otimista em relação ao intercâmbio nipo e brasileiro, acredita que “os nikkeis têm muito a fazer, oferecer e compartilhar no Japão”.
Renata Harumi Oshiro, formanda em engenharia mecânica, estagiária na empresa Ericsson, em São José dos Campos onde reside, é bolsista da Bolsa Shoei oferecida pelo CIATE. Falou sobre sua trajetória no Japão e garante que “os dois países têm pontos fortes e fracos e é possível ser feliz tanto em um como em outro”.
A embaixadora Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva, encarregada do comentário final baseado nos relatos de experiência dos convidados, garantiu que “foi um grande aprendizado”, e ressaltou a relevância de cada uma das apresentações.Não deixe de assistir a integra desta segunda live “30 Anos da Comunidade Brasileira no Japão”. Vale a pena. No link: https://www.youtube.com/watch?v=3RgUUsxsKYg