Falecimento de Orídio Kiyoshi Shimizu

Compartilhe

Faleceu, no último dia 12 de novembro, Orídio Kiyoshi Shimizu, aos 78 anos de idade, natural de Assaí (PR). Era casado com Yuriko Shimizu, deixa filhos e netos.

Orídio Shimizu dedicou toda sua vida profissional ao Banco América de Sul. Jovem, por volta da década de 1960, iniciou no Banco América do Sul em Guararapes (SP) como escriturário e ocupou várias funções chegando à gerência de várias agências, entre elas Mogi das Cruzes e no Paraná, em Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Curitiba. Foi promovido para a Matriz do BASUL, em 1989, como subchefe de Expansão e depois promovido a chefia. Em 1995 foi promovido ao cargo de diretor adjunto do BASUL.

Em 1998 o Banco América do Sul foi vendido ao Banco Sudameris e Orídio Shimizu, juntamente com Ykuo Tamaru e Osvaldo Calles, foram incumbidos da missão de atuar como representando do América do Sul no processo de incorporação das pendências junto à nova empresa.

Orídio ainda continuou atuando nas fases seguintes quando o Sudameris passou para o Banco Real e este para o Santander em 2009.

“Orídio era uma pessoa muito discreta, dono de um bom papo, sempre bem informado. Era uma referência histórica sobre a comunidade nipo-brasileira”, afirma Tomio Katsuragawa que atuou com Shimizu na Comissão Organizadora do Centenário da Imigração Japonesa e depois fez parte com ele da assessoria parlamentar do vereador Aurélio Nomura.

“Mais do que falar, fazer longos discursos, era um bom ouvinte, esta era uma de suas grandes qualidades”, acrescenta Katsuragawa.

Orídio Kiyoshi Shimizu associou-se ao Bunkyo em 2005, e de 2007/2008 foi tesoureiro na gestão de Kokei Uehara nos movimentados anos da comemoração do Centenário da Imigração Japonesa. O nome de Oridio aparece novamente em 2011/2016 como secretário do Conselho Deliberativo nas gestões de Kihatiro Kita e Harumi Arashiro Goya (o jurista Kiyoshi Harada era presidente do Conselho Deliberativo).

Nos anos de pós-guerra até 1990, as entidades da comunidade nipo-brasileira contavam com o tripé de empresas que apoiavam financeiramente suas realizações: a Cooperativa Agrícola de Cotia, Cooperativa Agrícola Sul-Brasil e Banco América do Sul.

Com o desaparecimento das duas cooperativas e a venda do Banco América do Sul, Orídio Shimizu, por meio de seus cargos, dentro do possível, buscou amenizar essa falta de apoio financeiro.

“Nos bancos Sudameris, Real e Santander, ele sempre trabalhou no setor de relacionamento e colaborou fortemente com a comunidade nipo-brasileira e empresas japonesas”, atesta Roberto Yoshihiro Nishio que também trabalhou no Banco América do Sul com Shimizu e juntos, atuaram na organização das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, em 2008.

Outra função de Shimizu era atuar como encarregado das remessas de recursos enviados pelos trabalhadores brasileiros no Japão, que exigia viagens contantes ao exterior. “Somos muito gratos pelo apoio que ele nos proporcionou, tanto financeiramente por meio das empresas em que trabalhou, como também pelas críticas sempre construtivas e valiosas orientações”, ressaltou o presidente Nishio.


Confira o calendário de eventos completo