Com a presença do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na tarde do último dia 4 de outubro (quinta-feira), no Salão Nobre do Bunkyo, realizou-se a cerimônia de formalização da cooperação da comunidade nipo-brasileira com a Prefeitura Municipal, relacionada ao Parque Ibirapuera.
O evento, com cerca de 120 pessoas, contou com a participação do secretário municipal da Cultura, André Sturm, e do embaixador Affonso Massot, secretário municipal de Relações Internacionais; além de destacadas autoridades da comunidade nipo-brasileira.
O Bunkyo foi representado pela presidente Harumi Arashiro Goya, além de vários vice-presidentes e diretores. A Aliança foi representada pelo diretor Takao Yamada e o Enkyo pelo vice-presidente Jun Suzaki. O Kenren, além do presidente Yasuo Yamada, foi representado pelos presidentes das 21 associações de províncias (Aichi, Akita, Ehime, Fukui, Fukuoka, Ishikawa, Kochi, Kumamoto, Mie, Miyagi, Nagasaki, Niigata, Oita, Saga, Shimane, Shizuoka, Tochigi, Tokyo, Wakayama, Yamaguchi e Yamanashi).
Anfitriã do evento, a presidente Harumi Goya foi a primeira a fazer sua saudação, destacando que, com o programa de privatização e concessão do patrimônio público iniciado pelo ex-prefeito João Dória, dois monumentos símbolos dos nipo-brasileiros poderiam sofrer interrupção das atividades de manutenção promovidas pela comunidade nipo-brasileira.
Trata-se do Pavilhão Japonês que, construído em 1954 pelo governo japonês e comunidade nipo-brasileira, foi doado à Prefeitura Municipal e, desde então, vem sendo mantido pelo Bunkyo.
O outro símbolo no Parque Ibirapuera (próximo ao Pavilhão) é o Memorial em Homenagem aos Imigrantes Pioneiros – Ireihi, construído em 1975 e administrado pelo Kenren – Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil.
Graças à atuação do vereador Nomura, o Pavilhão Japonês ficou fora do edital de licitação de privatização do Parque Ibirapuera, pois faz parte das edificações que não são objeto da concessão (juntamente com o Museu Afro Brasil, MAM, Bienal, Viveiro Manequinho Lopes e UMAPAZ), conforme consta no documento em Anexo III – Memorial Descritivo da Área.
Nesse sentido, a cerimônia com o prefeito Bruno Covas para fazer a entrega ao presidente do Kenren, Yasuo Yamada, do documento que formaliza a cooperação com a Prefeitura para manutenção do Ireihi por meio do Programa Adote uma Obra Artística, foi uma medida de grande relevância. (leia aqui o documento)
Este Programa, criado em 1994, tem como finalidade obter o apoio da iniciativa privada na conservação física das obras e monumentos artísticos em espaços públicos da cidade.
O vereador Aurélio Nomura, em sua saudação, agradeceu o prefeito Covas, que “trabalhou em prol das ações necessárias para que os monumentos marcantes continuassem sendo administrados pela comunidade nikkei”.
O prefeito Bruno Covas, por sua vez, em tom descontraído comentou sobre a insistência do vereador Nomura para obter os documentos: “em todos os momentos em que me encontrava com ele, nunca se esquecia de me cobrar”.
Após elogiar a dedicação ao trabalho do vereador, qualidade também atribuída à comunidade nipo-brasileira, o prefeito ressaltou “não ter dúvida de que os dois espaços, Pavilhão Japonês e Ireihi, continuarão sendo bem cuidados”. E finalizou: “a todos vocês, que fizeram e ajudaram a construir a cidade de São Paulo, muito obrigado. Arigatô”.