Ela é composta pelos navios de treinamento Kashima e Shimayuki e pelo navio de escolta Yamagiri, com cerca de 710 militares, incluindo 169 guardas-marinhas recém-formados na academia militar como aspirantes a oficiais.
No dia 5 de agosto, cerca de 300 militares estiveram em São Paulo, no Grande Auditório do Bunkyo para a recepção de boas-vindas. A cerimônia, além de representantes das entidades nipo-brasileiras e seus convidados, contou com a presença dos Capitães de Fragata, Seiichi Hashimoto (comandante do Yamagiri) e Seiichi Koakutsu (comandante do Shimayuki) e do cônsul-geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae.
No dia seguinte, a partir das 18h30, desta vez, os representantes das entidades nipo-brasileiras foram recepcionados pelos militares e pelo Consulado Geral do Japão, no navio Yamagiri, no porto de Santos.
Entre os presentes, que somaram perto de 150 convidados, também estavam algumas autoridades locais e representantes da Marinha brasileira.
Shunsuke Nojiri, um dos recém-formados da academia militar, justificou que esse costume é uma maneira de estabelecer uma referência do dia da semana durante a viagem em alto mar. “Quando nos servem karê, sabemos que é sexta-feira”, contou.
Nesse clima de descobertas mútuas, Okajima, 25 anos, um dos tripulantes do Yamagiri, natural da província de Nagano, afirmou que estava muito grato com a receptividade da associação de sua província e dos nipo-brasileiros.
“Poder estabelecer a comunicação na língua japonesa é muito bom”, destacou dizendo que, nas paradas antes do Brasil, puderam sair para conhecer as cidades, mas em trajes civis. “Esta é a primeira vez, nesta viagem, que colocamos nossos uniformes e somos recepcionadas desta forma tão especial”. Disse que ficou surpreso com o tamanho de São Paulo e lamentou a falta de tempo para conhecer mais sobre a cidade.
Conta que, nas últimas décadas, a carreira militar não tem tido grande aceitação entre os jovens japoneses. No entanto, após o terremoto de Fukushima, em 2011, as ações desempenhadas pelas Forças de Autodefesa para socorrer as vítimas e auxiliar na reconstrução local tiveram repercussão positiva na população e refletirão no aumento de interessados. “Muitos descobriram que as possibilidades de atuação são as mais variadas”, reforçou.
Perguntado sobre o motivo da escolha pelo curso na academia militar, Nojiri foi enfático: “Quero contribuir para o bem de meu país”. Filho único, conta que o pai apoiou sua opção, mas a mãe resistiu. No final, concordou: “se é isso que você deseja”, teria dito.
No dia 8 de agosto último, a Esquadra zarpou em direção do Uruguai, prosseguindo depois para a Argentina, Chile, Peru, Nicarágua, México e a última parada em Hilo, no Havaí (EUA), para chegar ao Japão somente no próximo dia 27 de outubro.
Fotos da Recepção no Grande Auditório do Bunkyo, em São Paulo
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Fotos do Coquetel, em Santos
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