Um tempo contado em décadas: há quase 35 anos realizou-se, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a apresentação de Itsuki Hiroshi. Em 1996, o cantor esteve em São Paulo como cantor convidado do programa “Nodojiman Taikai”, da TV NHK, que gravou seu programa no exterior. Nesse meio tempo, várias tentativas frustradas de trazê-lo ao Brasil, até que, finalmente, o tão esperado show aconteceu no dia 21 de novembro, com duas apresentações no Centro de Convenções Anhembi.
O evento, que foi capitaneado pela M. Ikeda Produções e Eventos, teve as sessões lotadas – com o público (a maioria idosos nikkeis) vindo de várias locais do país.
Evento comemorativo aos 120 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, na primeira sessão realizou-se a abertura oficial com a presença dos políticos nikkeis; do cônsul-geral do Japão, Takahiro Nakamae; dos representantes das cinco entidades nikkeis e do diretor administrativo do Banco Bradesco, Milton Matsumoto.
“Não estou acreditando que isso está realizando”, e em seguida acrescentou, “este empreendimento não é coisa que se realiza sozinho”. Com estas palavras, Mario Ikeda, presidente da M. Ikeda Produção e Eventos, iniciou sua saudação na cerimônia de abertura que levou cerca de 40 minutos.
“Tudo começou com o meu sonho, também do Itsuki Hiroshi e também da comunidade nipo-brasileira, de vê-lo novamente aqui, entre nós”, continuou Ikeda, “acreditando sempre com determinação que um dia iria trazê-lo ao Brasil e aqui está o resultado”.
Assim, com público e cantor sintonizados na mesma emoção, o concerto durou cerca de uma hora e meia, tempo para interpretar 32 canções. Na primeira parte, os velhos sucessos do cancioneiro enka, incluindo os sucessos de Missora Hibari (Ai sansan) e de Koga Masao (Kagewo Shitaite).
Depois foi a vez de seu próprio repertório, sendo que em algumas músicas, Itsuki Hiroshi contou com o acompanhamento do público, como em seu sucesso de estreia “Yokohama Tasogare”. Foi aplaudido com a interpretação da versão da música “Amigo”, de Roberto Carlos.
Também cantou acompanhado de seu violão, companheiro que lhe inspirou várias composições, destacou Itsuki Hiroshi.
O final, talvez, para grande parte do público, foi surpreendente. Suas palavras de despedida foram interrompidas, engasgadas pelo choro incontrolável. Nas palavras dele, a promessa: “vamos nos reencontrar o mais breve possível”, no auditório lotado, com o público em pé, a resposta veio em um demorado aplauso.
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